Importações brasileiras de lácteos no 1° Trimestre de 2025
10-04-2025 16:12:18 Por: IMEA. Foto: iStock
No 1° trim./25, as importações brasileiras de lácteos alcançaram 590,83 milhões de litros em equivalente leite, volume 5,38% superior ao registrado no mesmo período de 2024, segundo dados da Secex. Vale destacar que esse foi o maior volume já registrado para um primeiro trimestre desde o início da série histórica, em 1997.
Além disso, o montante despendido com essas compras também foi recorde para o período e alcançou US$ 279,87 milhões. Apesar dos elevados patamares em relação a anos anteriores, as importações em mar/25 apresentaram queda de 14,78% em relação a fev./25 e somaram 178,85 milhões de litros em eq. leite.
Essa retração esteve relacionada, principalmente, ao período de menor produção de leite nos principais países fornecedores de lácteos para o Brasil. Para ilustrar, as compras oriundas da Argentina e do Uruguai registraram quedas de 5,72% e 23,52%, respectivamente, totalizando 106,32 milhões de litros e 54,64 milhões de litros em eq. leite.
Aumento: o preço do leite mato-grossense pago em mar/25, pelo captado em fev/25, ficou cotado a R$ 2,28/l, valorização de 0,54% no comparativo mensal.
Redução: o Índice de Captação de Leite (ICAPL) de Mato Grosso fixou em 54,43% em fev/25, retração de 3,31 p.p. em comparação com o indicador de jan/25.
Avanço: seguindo o mesmo movimento da matéria- prima, o preço da manteiga ind. no estado apresentou aumento de 1,39% ante fev/25 e esteve precificada a R$ 33,94/kg em mar/25.
Em 2024 o Brasil atingiu o 2° maior volume de leite captado da série histórica, desde 1997.
De acordo com os dados da Pesquisa Trimestral do Leite (PTL) – IBGE, foram captados 25,37 bilhões de litros, avanço de 3,14% quando comparado a 2023. Esse cenário esteve atrelado à maior captação de Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina, que registraram volumes de 6,32, 3,91 e 3,29 bilhões de litros, respectivamente, e obtiveram altas de 7,50%, 7,04% e 2,92%, na mesma ordem. Cabe destacar que Paraná e Santa Catarina conquistaram recordes em suas séries históricas.
Em movimento contrário, Mato Grosso registrou queda de 3,48% em sua captação no mesmo comparativo e totalizou 372,43 milhões de litros, menor valor desde 2006. Cabe destacar que a participação do estado em 2025 foi de 1,47%, enquanto no ano anterior representava 1,57% da produção nacional. Essa redução no estado foi motivada pelos aumentos com o custo de produção e margens estreitas no ano.
As informações são do IMEA.
