Milho: Cenário favorável e demanda enfraquecida mantêm preços em queda

A colheita de milho da safra de verão avança, enquanto o clima tem favorecido o desenvolvimento das lavouras da segunda temporada. Esse cenário vem deixando consumidores afastados das negociações, priorizando a utilização dos estoques na expectativa de novas desvalorizações.

Do lado vendedor, apesar de as atenções se voltarem ao desenvolvimento da safra, agentes estiveram mais flexíveis nas negociações, seja nos valores ou nos prazos de pagamento, devido à proximidade com a colheita da segunda safra.

Até o momento, a produção brasileira deve somar 126,87 milhões de toneladas (considerando as três safras), aumento de 9,9% em relação à safra anterior. No campo brasileiro, a segunda safra vem apresentando desenvolvimento satisfatório, ao mesmo tempo que a colheita da safra verão chegou, até o dia 10 de maio, a 77,6% da área nacional, segundo a Conab.

Em termos mundiais, a produção para 2025/26 está prevista em 1,26 bilhão de toneladas, incremento de 4% em relação a temporada 2024/25, com destaque para os Estados Unidos, que podem colher 401,84 milhões de toneladas, um recorde, conforme dados do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

Com isso, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) recuou consideráveis 8,8% entre os dias 31 de abril e 15 de maio, encerrando a quinzena à média de R$ 73,07/sc de 60 kg. Na parcial do mês (até dia 15), a média fica 9,5% abaixo da de março.

Entre as regiões acompanhadas pelo Cepea, no acumulado da primeira metade de maio, os preços cederam 8,3% no mercado de lotes (negociação entre empresas) e 6,4% no de balcão (preço recebido pelo produtor). 

As informações são do Boletim do Leite Cepea.