Farelo de Soja: Médias são as menores desde set/17 em 15 regiões do BR

Os preços do farelo de soja seguem em queda no mercado doméstico, refletindo a maior oferta no Brasil e na Argentina – vale ressaltar que a Argentina está finalizando a colheita da safra 2024/25 da oleaginosa e, também, é o principal país exportador de derivados de soja, o que tende a redirecionar parte da demanda internacional para o país vizinho.

Das 32 regiões acompanhadas pelo Cepea, 15 registram os menores preços desde setembro/17, em termos reais (IGP-DI de maio/25). Entre maio e a parcial de junho (até o dia 13), a desvalorização do farelo foi de 1,7%, considerando-se a média das praças consultadas pelo Cepea. No comparativo anual, a queda real é de 27,3%.

Por outro lado, o movimento de baixa foi limitado pela firme demanda externa. De acordo com a Secex, os embarques brasileiros de farelo de soja alcançaram, em maio, o maior volume desde agosto de 2023, somando 2,36 milhões de toneladas.

Dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) indicam que, embora a produção de farelo tenha reduzido em 1,6% entre os dois últimos relatórios, a quantidade projetada ainda é recorde, em 43,06 milhões de toneladas na temporada 2024/25. As exportações e o consumo interno seguem estimados em 23,6 milhões de toneladas e 19,5 milhões de toneladas, respectivamente, ambos também recordes. Com isso, o estoque de passagem (em dez/25) é projetado em 1,42 milhão de toneladas – o menor desde a safra 2021/22.

As informações são do Boletim do Leite Cepea.