Milho: Retração compradora e clima favorável mantêm preços em queda

Os preços domésticos do milho tiveram novas quedas na primeira quinzena de junho. A baixa seguiu atrelada sobretudo à retração de compradores, que apostam na continuidade das desvalorizações, fundamentados no aumento da oferta, especialmente diante do início da colheita da segunda safra.

Além disso, as boas condições climáticas durante o desenvolvimento da segunda safra de milho no Brasil reforçam as expectativas de produção volumosa na temporada 2024/25. Neste mês, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) apontou reajustes positivos nas estimativas de colheita.

Segundo a Companhia, a safra 2024/25 deve somar 128,25 milhões de toneladas do cereal, 1,37 milhão de toneladas a mais que o número divulgado em maio.  Especificamente para segunda safra, a produção é estimada em 101 milhões de toneladas, também superando as 99,8 milhões de toneladas projetadas em maio, 12% acima da registrada na temporada anterior e, ainda, a segunda maior da série histórica da Conab.

Com isso, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) caiu 1,9% de 30 de maio a 13 de junho, encerrando o intervalo a R$ 67,61/sc de 60 kg. A média mensal (parcial até dia 13) é 6,4% inferior à de maio. Entre as regiões acompanhadas pelo Cepea, no acumulado do mês, os preços cederam 3% no mercado de lotes (negociação entre empresas) e 7% no de balcão (valor recebido pelo produtor). 

As informações são do Boletim do Leite Cepea.