No 1°trimetre de 2025 a captação de leite no Brasil atingiu 6,49 bilhões de litros

10-07-2025 11:54:30 Por: IMEA. Foto: Pixabay

No 1°trimetre de 2025 a captação de leite no Brasil atingiu 6,49 bilhões de litros
No 1°trim./25 a captação de leite no Brasil atingiu 6,49 bilhões de litros, 2º maior volume da série histórica para o período, atrás apenas do 1°trim./21, conforme a Pesquisa Trimestral do Leite (PTL-IBGE). Esse crescimento foi impulsionado, principalmente, pela alta de 5,12% na captação da região Sul, principal polo produtor do país, que correspondeu a 39,63% do total. Apesar da liderança regional do Sul, Minas Gerais segue como o maior estado produtor, com participação de 25,12% na captação nacional no período, seguido pelos estados sulistas: Paraná (15,42%), Santa Catarina (12,19%) e Rio Grande do Sul (12,02%).

Em contrapartida, Mato Grosso, apresentou retração de 6,77% frente ao 1°trim./24, somando 101,19 milhões de litros, menor patamar para um 1° trimestre desde 2006. Essa retração esteve diretamente relacionada ao aumento dos custos de produção no estado, que tem pressionado a rentabilidade da atividade, dificultado a manutenção da produção e desestimulado a ampliação por parte dos produtores.

Subiu: pautado pela menor captação em mai/25 no estado, o preço do leite pago ao produtor registrou alta de 1,75% no comparativo mensal, sendo cotado a R$ 2,36/l.

Queda: o Diferencial de Base (DB) entre o preço do leite pago ao produtor em Mato Grosso e a “Média Brasil” caiu 33,15% em mai/25, com diferença de R$ 0,28/l no período.

Retração: o preço do leite pago ao produtor na “Média Brasil”, segundo o Cepea, apresentou queda de 3,65% ante abr/25 e ficou precificado a R$ 2,64/l em mai/25.

No 1° semestre/25 a balança comercial de lácteos brasileira atingiu maior déficit da série histórica para o período.

Nos primeiros seis meses de 2025, as exportações brasileiras de lácteos acumularam 31,69 milhões de litros¹, segundo a Secex. Esse volume foi 35,86% inferior ao registrado no mesmo período de 2024 e representou o menor patamar para um 1° semestre desde 2018. Por outro lado, as importações no período alcançaram 1,08 bilhão de litros¹, evolução de 0,21% frente ao 1º semestre de 2024 e o maior volume para o período desde 1997. Nesse contexto, pautado pelo recorde de compras e pelo baixo volume embarcado, a balança comercial de lácteos registrou um déficit de 1,05 bi de litros¹, o maior valor da série histórica para um 1° semestre. Por fim, esse cenário foi influenciado, sobretudo, pela desvalorização do dólar no período, o que aumentou a atratividade das importações e comprometeu a competitividade das exportações.

As informações são do IMEA.