Milho: Safra volumosa, avanço da colheita e comprador retraído pressionam valores

A colheita da segunda safra de milho, que deve ter produção recorde, se intensificou nas regiões produtoras na primeira quinzena de julho. Atentos a esse cenário, compradores estiveram afastados das aquisições no spot, apostando em novas desvalorizações.

O Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP), recuou fortes 6,3% entre 30 de junho e 15 de julho, com média de R$ 62,78/sc de 60 kg no dia 15. Dentre as demais regiões acompanhadas pelo Cepea, no mesmo comparativo, os preços cederam 3,2% no mercado de lotes (negociação entre empresas), mas se mantiveram estáveis no mercado de balcão (preço recebido pelo produtor).

Dados divulgados pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) apontam que a segunda safra 2024/25 deve ter produção de 104,53 milhões de toneladas, aumento de 16% em relação à temporada anterior e um recorde da série histórica da Conab, iniciada em 1976/77. Esse avanço na produção é reflexo do aumento da produtividade em quase todos os estados produtores.

No agregado, a Conab estima produção de 131,97 milhões de toneladas de milho na temporada 2024/25, a maior da história, com aumento de 14,3% em relação ao ano anterior (2023/24). Quanto à colheita, segundo a Conab, até o dia 12 de julho, somava 41,7% da área nacional.