O Custo Operacional Efetivo para produzir leite em MT subiu 4,31% ante o 1°sem./24

14-08-2025 14:03:08 Por: IMEA. Foto: Pixabay

O Custo Operacional Efetivo para produzir leite em MT subiu 4,31% ante o 1°sem./24
No primeiro semestre de 2025, o produtor de leite mato-grossense recebeu, em média, R$ 2,31/l, alta de 14,25% em relação ao 1°sem./24 e o maior valor registrado na série histórica desde 2015 para o 1° semestre. Esse avanço foi influenciado pela menor disponibilidade de leite no estado durante o período, somada ao aumento dos custos de produção.

Visto que, no mesmo período, o Índice de Captação de Leite (ICAP-L) de Mato Grosso registrou 51,28%, baixa de 3,47 p.p. e a menor média desde 2015, ficando em 51,28%. Nesse contexto, o Diferencial de Base (DB) entre o preço do leite em Mato Grosso e a “Média Brasil”, segundo o Cepea, ficou em -14,64% (ou -R$ 0,40/l), a menor diferença desde o 1°sem./ 16. Por fim, para os próximos meses, espera-se uma redução das chuvas com o pico do período de seca no estado, o que deve impactar ainda mais a captação de leite na região.

VALORIZAÇÃO: o preço do leite pago ao produtor em Mato Grosso pelo captado em jun/25 registrou avanço mensal de 0,44% e ficou cotado, em média, a R$ 2,37/l.

BAIXA: a Relação de Troca (RT) entre o leite e o milho retraiu 0,51% ante jun/25 e ficou em 17,29 l/sc em jul/25, puxada pelo maior avanço no preço do leite no período.

AUMENTO: o preço do leite pago ao produtor na “Média Brasil”, segundo o Cepea, ficou em R$ 2,65/l em jul/25, pelo captado em jun/25, e registrou alta de 0,38% no comparativo mensal.

O Custo Operacional Efetivo (COE) para produzir leite em MT subiu 4,31% ante o 1°sem./24 e fixou-se em R$ 1,45/l no 1°sem./25.

Essa alta esteve atrelada ao aumento nos gastos com os grupos de suplementação mineral, outros custos¹ e aquisição de animais, que subiram 6,79%, 14,99% e 18,81%, respectivamente. Nesse período, o preço do leite pago ao produtor no estado foi cotado, em média, a R$ 2,31/l, resultando em uma margem positiva de R$ 0,87/l. Por outro lado, ao se considerar o Custo Operacional Total (COT), que inclui depreciações e mão de obra familiar, o valor chegou a R$ 2,37/l. Nesse cenário, a margem do produtor não se sustenta, ficando em -R$ 0,06/l. Sendo assim, o cenário exige cautela, visto que a sustentabilidade da atividade depende de margens positivas que cubram não apenas os custos diretos, mas também os investimentos de longo prazo. Quadro que já se reflete na menor captação e produção, pressionando a rentabilidade.

As informações são do IMEA.