Farelo de Soja: Apesar de oferta elevada, demanda firme limita baixas

Os preços do farelo de soja seguiram em queda na primeira quinzena de agosto na maior parte das regiões brasileiras acompanhadas pelo Cepea. Porém, a baixa foi limitada pela maior demanda, sobretudo externa. Consumidores domésticos, por sua vez, evitaram adquirir grandes volumes, com expectativa de maior oferta do derivado diante da intensificação do processamento da soja em grão para suprir a demanda por óleo.

A oferta global de farelo de soja deve passar de 278,74 milhões de toneladas na safra 2024/25 para 288,57 milhões de toneladas na 2025/26 – ambos os volumes são recordes –, de acordo com o relatório de agosto do USDA (Departamento de Agricultura dos EUA). O que chamou a atenção no último relatório é o aumento nas importações mundiais.

A projeção é que a União Europeia adquira 19,9 milhões de toneladas do derivado na temporada 2024/25 (que se encerra em setembro/25), volume 5,9% maior que o estimado no relatório de julho e expressivos 20,34% superior à quantidade importada na safra 2023/24. A Indonésia deve adquirir 6,2 milhões de toneladas (até o final do próximo mês), ainda de acordo com o USDA, 3,3% acima do penúltimo relatório e expressivos 22,7% a mais que o total adquirido na temporada passada.

Esse cenário limitou as baixas nos preços do farelo de soja na primeira quinzena de agosto. Ainda assim, considerando-se a média das regiões acompanhas pelo Cepea, os valores agosto caíram 1,1% frente a julho e significativos 24% sobre agosto/24, em termos reais (IGP-DI, jul/25).

Em Campinas (SP), especificamente, após os preços terem registrado os patamares mais baixos desde dez/11, em termos reais, as cotações reagiram 2,6% entre as médias de julho e a da parcial de agosto.