Milho: Demanda fraca no BR e oferta global elevada mantêm quedas

Os preços do milho até chegaram a esboçar reação entre o final de julho e o início de agosto, mas voltaram a cair no correr da primeira quinzena do mês na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea. A pressão veio sobretudo da ausência de consumidores, que aguardam desvalorizações mais expressivas com os avanços da colheita de segunda safra.

Além disso, estimativas apontam produção global recorde de milho, com destaques para os Estados Unidos e o Brasil. Esse contexto pressionou os valores internacionais do cereal, que chegaram a operar nos menores patamares do ano no início de agosto.

O Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) recuou 0,4% entre 31 de julho e 15 de agosto, com média de R$ 63,26/sc de 60 kg no dia 15. No entanto, dentre as regiões acompanhadas pelo Cepea, os preços subiram 0,9% no mercado de lotes (negociação entre empresas) e 1,9% no mercado de balcão (preço recebido pelo produtor) no acumulado do mês.

Para a safra mundial 2025/26, além dos Estados Unidos, também são esperadas produções elevadas na China e na Argentina. No agregado, a produção mundial será de 1,28 bilhão de toneladas, acima das 1,26 bilhão de toneladas estimadas em julho e das 1,22 bilhão de toneladas da temporada 2024/25. Especificamente para o Brasil, a Conab apontou que, em 2024/25, serão produzidas 137 milhões de toneladas, 18% superior à temporada 2023/24 e também um recorde.