Importações e exportações de lácteos sobem em julho, mas seguem abaixo de 2024

Em julho, as importações brasileiras de lácteos cresceram 10,34%, somando 177,01 milhões de litros equivalente leite. As exportações também se elevaram, em 8,26%, totalizando 5,58 milhões de litros equivalente leite.

Como resultado, o déficit da balança comercial de lácteos subiu 10,4%, para 171,43 milhões de litros equivalente leite – em valores, o aumento foi de 5,7%, a US$ 76,34 milhões.

Já em relação ao mesmo período do ano passado (julho/24), as importações caíram 29,5% e as exportações, 43,6%, e, no comparativo entre o acumulado de janeiro a julho de 2025 e igual intervalo de 2024, o volume importado diminuiu 5,2% e o exportado, expressivos 36,7%. Os dados são da Secex e foram compilados e analisados pelo Cepea.

As importações de leites em pó cresceram 9,99% de junho para julho, representando 75,2% do total adquirido pelo Brasil. O preço médio desses produtos foi de US$ 3,74/kg, elevação de 2,4% sobre o mês anterior. Já as compras de queijos, que responderam por 24,1% das importações, aumentaram 10,6% no período, enquanto o preço médio avançou 3,1%, alcançando US$ 10,34/kg.  Em ambos os casos, os principais fornecedores foram Argentina e Uruguai. Para os leites em pó, 62,9% da origem foi argentina e 26,3%, uruguaia. Para os queijos, a dependência da Argentina é ainda maior, com 89,8% de participação, contra 7,9% do Uruguai.

Nas exportações, observa-se maior diversidade de destinos. Em julho, os Estados Unidos responderam por 17,1% do volume embarcado, seguidos por Uruguai (11,7%), Argentina (10,4%), Paraguai (10,0%) e Chile (7,6%). Juntos, esses cinco países concentraram 56,7% das vendas externas de lácteos.

Entre os produtos exportados, o destaque foi o leite condensado, que respondeu por 36,9% do total, com forte alta de 96,8% em julho. Por outro lado, os embarques de queijos, equivalentes a 30,7% das exportações, recuaram quase 15% no período.