Milho: Mesmo com produção recorde, preços seguem firmes no BR

Ainda que novas estimativas indiquem aumento na produção brasileira da safra 2024/25, os preços do milho continuaram subindo neste início de setembro na maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea. A sustentação vem da demanda interna e da posição mais cautelosa de vendedores, que limitaram o volume disponível.

O Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) avançou 1,2% entre 29 de agosto e 15 de setembro, com média de R$ 65,08/saca de 60 kg, no dia 15. Regionalmente, as altas foram de 1,7% no mercado de lotes (negociação entre empresas) e de 1,4% no balcão (preço recebido pelo produtor).

O aumento da paridade de exportação e o consequente maior interesse de vendas para o mercado internacional também dão suporte aos valores domésticos e mantêm expectativa de novos avanços. Isso já tem elevado os embarques nos primeiros dias de setembro – nas duas primeiras semanas do mês, foram 3,05 milhões de toneladas, representando 47% de todo o volume exportado em setembro/24, segundo a Secex.

Quanto à oferta mundial, no agregado, a produção em 2025/26 será de 1,28 bilhão de toneladas, acima das 1,22 bilhão de toneladas da temporada 2024/25, com destaque para os Estados Unidos (427,10 milhões de toneladas, ante as 425,25 milhões projetadas no mês anterior). No Brasil, estimativas divulgadas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indicam novo aumento na produção brasileira 2024/25, de 2% frente ao mês anterior e de 21% em relação à temporada passada (2023/24), somando 139,69 milhões de toneladas.