Preço do Leite em MT cai no 3º trim./25

O preço do leite pago ao produtor mato-grossense em out/25, referente ao captado em set/25, registrou o terceiro recuo consecutivo, sendo cotado a R$ 2,20/l, queda de 3,66% no comparativo mensal. A retração reflete a menor competitividade dos lácteos do estado frente aos demais nas gôndolas, o que dificultou o repasse de preços ao consumidor final.

Com isso, o mercado leiteiro do estado encerrou o 3º trim./25 com baixa de 3,83% frente ao trimestre anterior, com média de R$ 2,26/l. Em movimento semelhante, o produtor da “Média Brasil”, segundo o Cepea, recebeu R$ 2,44/l em out/25, desvalorização de 3,94% ante o mês anterior, influenciada pelo aumento da oferta brasileira. Ainda no 3°trim./25, o preço nacional também recuou 5,35% frente ao 2°trim./25, ficando em R$ 2,53/l. Dessa forma, o diferencial de base entre o preço em Mato Grosso e a média nacional foi de -R$ 0,27/l (-10,58%), diferença 14,44% menor em relação ao trimestre anterior e a menor desde o 4°trim./23.

DESVALORIZAÇÃO: acompanhando o movimento da matéria-prima, o preço da manteiga na indústria recuou 2,09% no comparativo mensal, ficando em média a R$ 31,67/kg em out/25.

SUBIU: pautada pela queda no preço do leite e pelo avanço na cotação do milho, a Relação de Troca (RT) entre o leite e o milho aumentou 7,37% frente a set/25.

BAIXA: ainda em cenário baixista, a muçarela, na indústria, registrou retração de 4,28% quando comparado ao mês anterior, sendo cotada em média a R$ 30,83/kg em out/25.

O Custo Operacional Efetivo (COE) para produzir leite no estado foi estimado em R$ 1,47/l no 3ºtrim./25, alta de 1,52% ante o 2ºtrim./25 e ainda 5,86% acima do consolidade de 2024. O avanço no comparativo anual foi puxado pelo aumento dos gastos com os grupos de “Impostos e taxas” e de “Outros Custos”, que engloba assistência técnica, combustível e despesas gerais da propriedade. Já o Custo Operacional Total (COT) registrou incremento de 1,18% em relação ao trimestre anterior e 0,83% frente a 2024, alcançando R$ 2,40/l, influenciado pela elevação das depreciações de maquinários. Considerando que o preço médio pago ao produtor no trimestre foi de R$ 2,26/l, a margem sobre o COE ficou em R$ 0,80/l. No entanto, em relação ao COT, a margem permanece negativa em R$ 0,13/l, indicando que o pecuarista de leite ainda não cobre depreciações e pró-labore no médio prazo.