Custos Operacional Efetivo voltam a subir depois de três meses de baixas
24-11-2025 15:55:50 Por: Victoria R. Paschoal e Sérgio P. Lima, Boletim do Leite Cepea. Foto: Pixabay
Após três meses de queda consecutiva, o Custo Operacional Efetivo (COE) voltou a subir (0,52%) entre setembro e outubro, na “média Brasil” , influenciado principalmente pela valorização de defensivos agrícolas. Porém, vale reforçar que, dentre as praças monitoradas pelo Cepea, o comportamento dos custos foi distinto, com elevações observadas em Minas Gerais, Paraná e São Paulo, mas recuos na Bahia, em Goiás, no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.
O preço da ração na “Média Brasil” subiu 0,9% em outubro, acompanhando a valorização de 0,9% do milho, que também interrompeu três meses seguidos de queda.
Os valores dos insumos da categoria de defensivos agrícolas apresentaram aumento de 2,19% na “Média Brasil”. Com o retorno das chuvas em várias regiões, produtores voltaram a demandar produtos para o controle de plantas invasoras. As sementes forrageiras utilizadas na formação de pastagens tiveram valorização de leve 0,12%.
Os preços das operações mecanizadas permaneceram estáveis em outubro, assim como das vacinas. Dentre os medicamentos, as cotações dos antibióticos registraram alta de 1,25%, enquanto as de antimastíticos e produtos para controle parasitário recuaram 0,37% e 1,24%, respectivamente, frente a setembro.
Os suplementos minerais apresentaram desvalorização de 0,24% na “Média Brasil” , embora acumulem alta de 6,92% no ano. O grupo de adubos e corretivos também recuou no mês (-0,60%).
PODER DE COMPRA – Em setembro o produtor de leite precisou de 26,53 litros para adquirir uma saca de 60 kg de milho, 5,4% a mais que em agosto. No período, o cereal se valorizou 1,4% (para R$ 64,77/sc de 60 kg – Indicador ESALQ/BM&FBovespa), enquanto o preço médio do leite caiu 3,8%, para R$ 2,44/litro. Dessa forma, o poder de compra em setembro foi pior que no mês anterior (25,18 litros/sc), mas ainda está melhor que a média dos últimos 12 meses (27,7 litros/saca). Vale pontuar, porém, que, na comparação anual, a relação de troca se deteriorou em 13%, já que a média jan-nov/24 era de 24,5 litros/saca, 13% abaixo da verificada em agosto.
As informações são do Boletim do Leite Cepea.

