Custo de produção de leite teve alta de 0,3% em novembro

Em novembro o ICPLeite/Embrapa, que mede o a variação do custo de produção de leite, registrou elevação de 0,3%, acumulando 2,8% nos onze meses deste ano e 2,6% nos últimos doze meses. Estes resultados colocam a inflação dos custos do leite em outubro acima da inflação oficial, medida pelo IPCA/IBGE, que foi de 0,2%. Todavia, a inflação acumulada nos custos de produção em doze meses é pouco mais da metade da inflação anual oficial, que acumula alta de 4,5%.

Alimentação concentrada (rações) fez crescer o custo de produção - Os farelos de algodão e soja, juntamente com ração para vaca, tiveram altas expressivas no mês, fazendo com que o grupo Concentrado, com elevação de 1,0%, fosse o de maior impacto no cálculo da inflação de custos de novembro. Também o material de limpeza teve forte elevação, impactando o grupo Qualidade do leite, que teve alta de preços de 0,9%. Os preços de Minerais cresceram 0,4% no conjunto, próximo da inflação de custos do mês.

Em sentido contrário, dois grupos apresentaram deflação em novembro. O grupo Volumosos, teve queda de custos de -0,7%, seguido por Sanidade e reprodução, com -0,4%, enquanto que os custos com Mão de obra e com Energia e combustível não tiveram variação no mês. No acumulado entre janeiro e novembro deste ano, a inflação de custos de produção de leite, medida pelo ICPLeite, atingiu 2,8%, com destaque para a elevação em Minerais, 17,1%, Energia e combustível, 9,2%, Qualidade do leite, 7,3% e o grupo Mão de obra, com 6,3%. O grupo Sanidade e reprodução, também cresceu acima do ICPLeite para o período, acumulando elevação de custos de 3,6%. Já Concentrado, com discreta variação positiva de 1,3%, e Volumosos, com variação negativa de -2,5% ajudaram a conter a alta acumulada no ano.

Nos últimos 12 meses, o ICPLeite/Embrapa acumulou alta de 2,7%. O maior aumento veio de Minerais (16,7%), seguido por Mão de obra (6,3%), Qualidade do leite (4,1%) e Sanidade e reprodução (3,7%). Embora com variação positiva, os itens Energia e combustível e Concentrado contribuíram para segurar a inflação de custos de produção de leite, ao apresentarem, respectivamente, 1,7% e 0,8% de variação acumulada. Já Volumosos, registrou variação acumulada negativa de -0,1% em doze meses.

Entre novembro de 2024 e novembro de 2025, o ICPLeite/Embrapa teve um período de forte crescimento até março, e uma ligeira elevação entre abril e julho. Estes dois meses que atingiram os picos de inflação do período, ambos com 4,4%. De julho até setembro houve deflação. A partir daí, iniciou-se um período de elevação de custos. Portanto, em doze meses, foram oito com crescimento de custos e quatro com queda. Isso resultou numa inflação de custos anualizada de 2,6%. O gráfico 4 mostra a trajetória do custo de produção de leite no período.