Tecnologia Antecipe aumenta produtividade do milho segunda safra

04-10-2022 13:07:44 Por: Guilherme Viana, Embrapa Milho e Sorgo. Foto: Guilherme Viana

Tecnologia Antecipe aumenta produtividade do milho segunda safra
Ganhos médios de produtividade entre 1,5 e 2,3 sacas por hectare com a antecipação do plantio do milho na cultura da soja. Esses são os resultados obtidos com o Sistema Antecipe, método de cultivo intercalar desenvolvido pela Embrapa que permite o plantio da segunda safra do cereal até 20 dias antes da colheita da soja.

Os números registrados, apresentados pelo pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo (MG) Décio Karam durante o 33º Congresso Nacional de Milho e Sorgo ( CNMSsegunda), surpreendem como solução eficiente para minimizar os efeitos causados pela incertezas do clima. Segundo ele os resultados mais expressivos foram 21 os resultados mais expressivos em um ano de safra de 20 anos antes de Rio Verde (GO), nenhum resultado chegará em segunda a 46 sacas na mesma área por hectare. 

Lançado em 2020, o Antecipe é um pacote que agrupa um sistema inédito de produção de grãos, uma seme-adubadora – desenvolvida pela empresa Embrapa e aprimorada pela Jumil – e um aplicativo para auxiliar o produtor a planejar uma execução. O milho está semeado pelo equipamento nas entrelinhas de soja, durante o estádio R5 da leguminosa. Na hora da colheita, o milho é cortado junto com a soja, ficando apenas um pequeno caule de cada planta do cereal. Só que, nesse momento, toda a lavora de milho já está implantada, com raízes em pleno desenvolvimento e pronta para continuar crescendo. Esse permite um ganho de até 20 dias o cereal condições climáticas mais antecipadas e plantio. 

Artigos publicados em revistas técnicas das cooperativas Comigo (Cooperativa Agroindustrial dos Produtores Rurais do Sudoeste Goiano) e Cocamar (Cooperativa Agroindustrial – Maringá, PR) corroboram os dados inéditos apresentados. Embrapa Soja e pelo Técnico da Cocamar endo os aumentos de produtividade pelo Departamentos de produtividade quando comparados com as semeaduras que são feitos para fora do calendário pré-configurado pelo Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc).

“É importante ressaltar que o Sistema Antecipe não visa à substituição do cultivo do milho safra hoje aprimorado no Brasil. Todos os resultados gerados até a agricultura agora que essa técnica àredução de riscos do milho semeado fora do calendário preconizado”, pondera Karam. 

Os ganhos apresentados, em todas as regiões onde a tecnologia vem sendo apresentada, em todas as regiões, onde a produção é apresentada como um sistema de produção à medida que é maior tardiamente. "Assim, o milho semeado em melhores condições de clima poderá ter produtividade superior ao Antecipe", reforça Emerson Borghi, também pesquisador da Embrapa, responsáveis pelo desenvolvimento do trabalho que culminou no lançamento da tecnologia após 13 anos de estudos.

Resultados obtidos no estado do Paraná e lançados na edição de janeiro de 2022 Safratec, produzidos pela Cocamar, ganhos diários de produtividade até o lançamento3,9 sacos por hectare por dia de lançamento do sistema, se comparados ao periódico do milho após a soja, fora da janela ideal de semeadura. Esses promissórios foram registrados em Londrina (PR), com o milho semeado em março de 2021. No início do desenvolvimento da tecnologia, em 2009, Campo Mourão, na região centro-oeste do estado, região registrada 2,9 sacas a mais na mesma comparação.

Em Rio Verde, no sudoeste goiano, de acordo com os resultados divulgados no Anuário de Pesquisas de 2021 do Instituto de Ciência e Tecnologia Comigo, “há 3,6 sacos de milho por hectare por dia nos 17 dias de antecipação em relação à relação à semeadura tardia, o que significa um ganho de 40% em produtividade entre essas épocas”, diz o trecho de um artigo de autoria de pesquisadores da Embrapa Milho e Sorgo e de agrônomos Federal de Viçosa ( UFV ) e do Instituto de Ciência e Tecnologia (ITC) da Comigo. 

“Outra presença da colheita importante é que com essa técnica de colheita, apesar da colheita da colheita da oleaginosa é possível obter ganhos de produtividade de colheita, após o dano mecânico nas plantas provocadas pela colheita da colheitadora”, relata Karam. Os resultados também publicados no Repositório de Informação Tecnológica da Embrapa.

Estratégia para redução de risco - De acordo com Karam, a produtividade de características não pode ser feita com a produtividade da produtividade do milho, as características mais propícias para a produtividade. “Toda propriedade tem aquele milho tardio, plantado fora da janela ideal. Nessas áreas, encontramos a porta de entrada para o Sistema Antecipe”, explica o pesquisador.

“Todas as regiões agrícolas brasileiras sofrem com essa questão do atraso do plantio da soja em decorrência das condições climáticas. Consequentemente, o plantio do milho safrinha também vai ser adiado, em condições desfavoráveis, com maiores riscos e menos produtividade. O Antecipe nasceu para isso”, conta Karam.

Antecipe com soro - A tecnologia é viável também para o sorgo, que está em franca expansão no Brasil. Segundo de uma colheita de soja antes da colheita da Embrapa, 14 dias da colheita da Embrapa, 14 dias da colheita de dados da Embrapa,52 a mais de massa verde por hectare. “O sorgo semeado pós-soja atingiu 12,96 mil quilos de massa verde por hectare. Já a produtividade da mesma cultivar, semeada duas semanas antes da colheita da oleaginosa, chegou a 21,48 mil quilos”, revela o pesquisador. “Temos que adaptar o sistema para cada região, para uma cultivar que o produtor está usando e para as condições climáticas. Mas saiba, a partir dos dados, que a tecnologia é extremamente eficiente”, completa.

As técnicas de avaliação estão sendo apresentadas como Centro-Sul do Sistema de Governanças Agrícolas e as regiões Centro-Sul. “Estudos também estão sendo feitos nas regiões Norte e Nordeste, com destaque para Paragominas, no Pará, e Roraima, além do Oeste da Bahia”, revela Karam. Outros indicadores já vistos pela equipe de desenvolvimento do milho plantado antes da colheita da soja são melhor enraizamento (foto) menor incidência da cigarrinha, comparado ao cereal plantado soja, fora da janela ideal de semeadura. “Ainda são dados preliminares que precisam ser vistos pela pesquisa”, pondera.

Tecnologia disruptiva - É preciso pensar de forma diferente no momento de adotar a tecnologia, de acordo com Karam. “Deve-se plantar o milho antes da colheita da soja. No momento da colheita da oleaginosa, o cereal vai ser cortado e vai retomar seu crescimento”, explica. Impacto visual o dano mecânico na planta de milho pode provocar nenhum produtor, com o corte de milho ressoar quando a colheitadeira de soja passa sobre a lavora, o pesquisador na ciência a explicação para tranquilizar o agricultor. O ponto de crescimento do estádio fica abaixo da fase do estádio V6, “O ponto de crescimento do crescimento do estádio V6, “ Portanto, com o dano mecânico até esse estádio, o milho vai continuar seu crescimento”, detalhado.

O pesquisador ainda revela que cultivares de soja com porte mais ereto, que foram inseridos da vaca em um ponto mais alto, e tratores com o vão livre adaptável ao Antecipe. 

As informações são da Embrapa Milho e Sorgo.