Dia Nacional e Mundial do Queijo: Entenda como as pesquisas apoiam a caracterização das iguarias
20-01-2025 14:23:37 Por: Epamig. Foto: Daniel Arantes/Epamig

Nesta segunda-feira, 20 de janeiro, é celebrado o Dia Nacional e Mundial do Queijo e se tem uma coisa que a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG) entende, é de queijo. Além de atuar na caracterização dos produtos e mais uma diversidade de pesquisas relacionadas ao produto, a Empresa também oferece curso superior de Tecnologia de Laticínios, no Instituto de Laticínios Cândido Tostes (ILCT), em Juiz de Fora, Zona da Mata Mineira.
Entre as pesquisas destacam-se as que têm objetivo de caracterização. Em dezembro de 2023, pesquisadores do ILCT concluíram o projeto “Caracterização do Queijo Minas Artesanal da Região Serras da Ibitipoca”. A pesquisa agregou valor ao produto e estimulou a atividade na região que é reconhecida como produtora de Queijo Minas Artesanal (QMA). Ela avaliou a maturação do produto em dois períodos distintos, verão, caracterizado por chuva e umidade, e inverno, quando predomina o tempo seco.
Segundo o pesquisador e professor do ILCT, Junio de Paula, a EPAMIG é fundamental na caracterização do Queijo Minas Artesanal (QMA) em Minas Gerais, contribuindo com pesquisas que identificam suas características sensoriais, físico-químicas, microbiológicas e tecnológicas.
“A instituição também valoriza os territórios produtores, relacionando as especificidades do queijo ao terroir de cada região, e auxilia na garantia de segurança do produto, preservando a tradição artesanal”, explica o pesquisador.
Durante e após o processo de caracterização dos produtos, a EPAMIG oferece suporte técnico aos produtores com pesquisas de monitoramento de qualidade e promove a capacitação de produtores e incentiva melhorias nos processos produtivos. Essas ações fortalecem a cadeia produtiva e promovem o QMA como patrimônio cultural.
o ano de 2023, os queijos artesanais mineiros conquistaram 10 medalhas de ouro na 6ª edição do Mondial du Fromage et des Produits Laitiers (Mundial de Queijos e Laticínios), na França. O concurso, que é realizado a cada dois anos, consagrou, ao todo, 17 queijos brasileiros com medalha de ouro e mais 67, sendo 23 de prata e 44 de bronze.
Junio destaca ainda o papel fundamental da tecnologia para o destaque do Queijo Minas Artesanal (QMA) em concursos nacionais e internacionais, pois permite o controle rigoroso da qualidade, garantindo padrões consistentes nas análises físico-químicas, microbiológicas e sensoriais.
“A tecnologia aplicada aprimora processos de produção, como maturação e armazenamento, sem comprometer a identidade artesanal. Ferramentas tecnológicas também asseguram a rastreabilidade e o cumprimento de normas sanitárias, além de valorizar o terroir ao evidenciar como fatores regionais influenciam as características do queijo”, reforça Junio.
“Ela também contribui para melhorar a apresentação e a credibilidade do produto, facilitando seu reconhecimento e competitividade em premiações”, conclui o pesquisador.
As informações são do Epamig.