Mercado de Leite: O que podemos esperar de 2015/2016?
16-03-2017 16:01:49 Por: Romildo Antônio Andrade Júnior
Prever o mercado de leite para 2015, já era um grande desafio.
Agora prever o próximo ano agrícola, ficou ainda mais difícil.
Mas, observar o passado recente e uma boa dose de cautela pode nos ajudar bastante.
Como explicar o aumento de produção em 2014, se com a falta de chuvas, a tendência não era diminuir a produção?
Em um pais onde a economia praticamente não cresceu, o que acontece quando a produção nacional aumenta em 8%?
2015 já largou com produção de janeiro e fevereiro 8 % superior a janeiro de 2014;
E os custos de Energia (+ 42%), Fretes, Óleo Diesel, Água, etc? Como repassar no produto?
Aumento dos juros e diminuição das linhas de créditos.
Cada um de nós, temos nossas próprias respostas para essas perguntas, mas, o importante é a reflexão sobre as mesmas e repassá-las aos produtores de leite, para uma conscientização da fase que o mercado de leite e o Brasil atravessa.
Se praticamente no pico de uma entre-safra, nota-se os laticínios/cooperativas, com dificuldades de vendas e até mesmo queda em preços nos queijos e leite Longa Vida, já podemos nos prevenir e alertar nossos produtores que “podemos” enfrentar uma das safras mais difíceis dos últimos anos.
Observamos claramente, que a maior dificuldade de 2015, foi a questão de demanda mesmo. Com a crise econômica que o Brasil vem enfrentando, era de se esperar uma diminuição no consumo, o que ocorreu, mas, a queda de volume, ajudada pela menor safra na Região Sul do país, acabou aliviando as empresas e produtores do sudeste.
Mas, agora, vem a safra do sudeste, e a grande pergunta é: ”Como o mercado vai comportar com o expressivo aumento de volume no Sudeste?”.
A palavra mais utilizada em 2015 foi “Cautela”. E, neste momento, é recomendável, o aumento dessa “Cautela”, por partes dos laticínios e produtores.
Como comecei a matéria com perguntas, encerro a mesma com mais três perguntas:
O que fazer com uma possível super-safra?
E uma possível dificuldade de vendas?
As empresas estão preparadas para o excedente de produção?