Preço do leite recua no MT em decorrência da maior oferta diante das condições climáticas favoráveis

18-01-2022 10:56:39 Por: IMEA

Preço do leite recua no MT em decorrência da maior oferta diante das condições climáticas favoráveis
Com o período festivo no final de ano, somado ao melhor poder aquisitivo da população diante do recebimento do décimo terceiro, a demanda pelos derivados lácteos foi mais atrativa em Mato Grosso, principalmente no que tange aqueles utilizados em sobremesas pós-ceia. Isso impulsionou a média do indicador-Imea no mês de dez.21, que ficou em R$ 16,64, acréscimo de 2,36% ante o mês passado.

Dentre os principais indicadores com maior valorização, destacaram-se o queijo prato, queijo coalho e a manteiga, com aumento de 18,23%, 15,25% e 2,37%, respectivamente, no mesmo comparativo. No entanto, outros derivados como o iogurte, a muçarela e o leite UHT recuaram em 21,29%, 5,69% e 3,09%, na mesma ordem, aliado ao aumento da oferta enquanto a demanda diminuiu devido às férias escolares. Para jan.22, espera-se um recuo nos preços, visto que a demanda interna tende a diminuir no período.

Recuou: em decorrência da maior oferta de leite diante das condições climáticas favoráveis no estado, o preço médio recuou 5,27% ante out.21 e ficou cotado a R$ 1,82/l.

Elevou: as chuvas favoreceram a qualidade dos pastos e impactaram na produtividade das vacas em lactação no estado. Com isso, o índice de captação subiu 17,53% ante a out.21.

Diminuiu: atrelado à maior oferta dos laticínios, o queijo muçarela registrou queda de 3,95% ante o mês anterior e ficou cotado na média de R$ 25,16/kg no estado.

O ano de 2021 apresentou um novo cenário para o comércio internacional de lácteos. Com base nos dados da Secex, as importações brasileiras de lácteos apresentaram em 2021 um recuo de 20,98% em relação ao ano anterior, com uma aquisição total de 137,68 mil t de derivados.

Com a alta dos preços internacionais de lácteos, os principais fornecedores de derivados aumentaram a quantidade de parceiros comerciais, o que diminuiu a oferta de produtos para o Brasil e reduziu as aquisições no decorrer do ano passado.

Por outro lado, o “boom” nos preços externos, somado à desvalorização do real, ajudou a impulsionar as exportações nacionais. Com isso, os envios em 2021 somaram ao todo 32,32 mil t de derivados, volume 28,80% maior que o do ano de 2020. Já em 2022, os preços altos no mercado externo podem sustentar os elevados níveis das exportações, no entanto, as importações tendem a evoluir positivamente com a retomada econômica e o aumento do consumo interno de lácteos.