Produção de leite vem aumentando no RS

24-06-2022 09:13:09 Por: Emater-RS. Foto: Alcides Okubo Filho/Embrapa

Produção de leite vem aumentando no RS
Na regional de Pelotas, a produção de leite vem aumentando no geral devido ao desenvolvimento das pastagens cultivadas e à parição das vacas. Os produtores ainda utilizam silagem conforme a disponibilidade de novas pastagens. Em Pedro Osório, os bovinocultores de leite estão utilizando as pastagens de aveia para a alimentação do rebanho, mas segue o uso de silagem e ração para complementação. O estado sanitário do rebanho é considerado bom, com boa redução das infestações de carrapatos devido ao clima mais frio. Inicia o período de declaração/atualização das fichas dos rebanhos nas IVZs do Estado; os escritórios municipais da Emater/RS-Ascar estão comunicando seus assistidos.

O clima predominante ofereceu algum desconforto aos animais devido às baixas sensações térmicas, menos horas do que o período anterior, mas ainda desagradáveis para os animais que permanecem a campo.

Na regional de Ijuí, a produção de leite segue em crescimento na região. A cooperativa de Derrubadas registrou aumento de 6% no volume coletado entre os dias 13 e 19/06 em relação à semana anterior. A alimentação do rebanho leiteiro ainda é muito dependente das forragens conservadas (silagens e fenos) devido à produção das forrageiras anuais de inverno não atingir o volume desejado.

A permanência do clima úmido com chuvas mais frequentes e volumes intensos mantém a formação de barro nos entornos das instalações, locais de deslocamento dos animais e tratadores, causando problemas de manejo dos animais e na sua higiene e impactando na qualidade do leite. Essa umidade também provoca prejuízos nas pastagens.

Em algumas regiões, a falta de luminosidade do período afetou o pleno desenvolvimento das gramíneas. Nos períodos de maior umidade, a Contagem Padrão em Placas (CPP), Sólidos, Gordura e outros componentes e a Contagem de Células Somáticas (CCS) indicam leite de menor qualidade na região de Ijuí. Já na regional de Caxias do Sul, a qualidade se manteve dentro dos parâmetros estabelecidos pela legislação, observando as boas práticas de manejo; não há relatos de suspensão de coleta.

Na regional de Frederico Westphalen, o aumento da disponibilidade de pastos, principalmente das espécies anuais de inverno, recuperou a produção de leite, porém o excesso de chuva dificulta o manejo do rebanho, a partir do piqueteamento e pastejo das vacas, reduzindo o consumo de alimentos e a consequente diminuição da produção em algumas propriedades que não possuem reserva de alimentos. Porém, no geral, a produção está estável e em bom nível de recuperação. As pastagens anuais de inverno, como algumas aveias, trigo duplo propósito e centeio, estão em desenvolvimento, e algumas áreas de triticale e azevém estão em implantação e início de desenvolvimento. As lavouras de alguns cereais de inverno, destinadas para silagem, estão em processo de implantação ou em fase inicial de desenvolvimento. A expectativa é de aumento do preço do leite.

Na regional de Passo Fundo, apesar das condições climáticas adversas para o desenvolvimento das pastagens, os rebanhos têm mantido a regularidade na produção de leite e apresentam adequadas condições sanitárias, embora haja preocupação com o risco maior de ocorrência de casos de mamite em função do aumento de barro nas áreas disponíveis aos animais. Houve sinalização de pequena elevação do preço do leite fluido ao produtor.

Na regional de Bagé, as condições climáticas no período foram mais favoráveis para os produtores de leite na Campanha. Em bacias leiteiras importantes, como Aceguá, Hulha Negra e Candiota, nota-se aumento na produção com a melhoria da disponibilidade de forrageiras de qualidade para o rebanho. Os volumes de chuvas relativamente baixos e dias com luminosidade satisfatória proporcionaram piso adequado para a entrada dos animais, com baixo risco de degradação das pastagens. As temperaturas baixas não causam maiores estresses nos rebanhos, principalmente de raça Holandesa, Jersey e cruza entre estas. Na Fronteira Oeste, dias com maior nebulosidade e principalmente maiores volumes de chuva acumulados ao longo de junho refletem em menor oferta de alimento em relação ao esperado para este período do ano bem como mantêm condições de acúmulo de barro nas proximidades de aguadas, locais de fornecimento de silagem e acesso às salas de ordenha.

Os produtores aguardam reflexo nos preços pagos pela indústria como o aumento que se observa nas gôndolas dos supermercados, situação que pode melhorar as margens de lucro que estão muito estreitas devido ao custo das rações, fertilizantes e combustíveis.

Na de Caxias do Sul, o desenvolvimento das forrageiras de inverno está atrasado devido ao excesso de chuvas e de dias nublados. Algumas propriedades com alimentação baseada em pastagens tiveram redução na produtividade. Os produtores aproveitaram os dias abertos para realizar a implantação de aveia e de azevém, além de trigo para a confecção de silagem. Estima-se aumento de 30% na área de trigo para a silagem safra.

Na regional de Santa Rosa, a produção diária de leite apresenta uma pequena elevação devido ao pastoreio em forrageiras anuais de inverno, como aveia e azevém, além da complementação com silagem e ração. O tempo seco de segunda até quinta-feira melhorou as condições para o pastejo, além das condições de crescimento e rebrote das pastagens de inverno. Nesses dias ensolarados, os produtores aproveitaram para realizar limpeza das instalações e adubação nitrogenada em cobertura e controle de parasitas do gado. Entretanto, na sexta-feira – 17 – voltou a chover, trazendo novamente o barro e todas as demais condições de dificuldade para o manejo do gado de leite. Foi intensificado o corte de milho safrinha para silagem na última semana, e estima-se que está praticamente finalizado o corte, faltando apenas algumas áreas. A produtividade está boa. Os reservatórios de água para dessedentação dos animais está com o nível de água normalizado, inclusive alguns trasbordaram.

Na de Soledade, as pastagens estão com crescimento razoável; geadas provocam o atraso. No baixo Vale do Rio Pardo, o acúmulo de água da chuva satura o solo e dificulta o crescimento das pastagens; a maioria das propriedades tem uma instabilidade na oferta de pastagens anuais de inverno ao rebanho, além da dificuldade de pastoreio. A complementação ocorre com silagem, feno e ração. Áreas de trigo duplo propósito destinadas a pastoreio e silagem também apresentam reduzido crescimento e incidência de fungos foliares, sendo às vezes necessário manejo com fungicidas.

No aspecto sanitário, o rebanho em geral está em boas condições sanitárias e corporais. Seguem os serviços de controle de carrapato e parasitas no rebanho.

As informações são da Emater-RS.